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Jornal da Ascipam

www.ascipam.com.br

Março | 2016

aParádeMinaseaponta

daeconômicadopaís

tituinteparareorganizaçãodoBrasil

Será que o pior da crise já passou? Quantas

tempestades mais teremos de dominar neste

ano? Quantas empresas sobreviverão? Quais os

setores mais afetados a partir de agora?

Perguntas como estas são direcionadas dia-

riamente à Ascipam que, ao longo de 53 anos,

vem construindo uma história de proximidade

e forte representatividade dos associados, se-

jam eles da indústria e do comércio, da presta-

ção de serviços ou do agronegócio.

A gravidade da crise econômica e política

é inquestionável, assim como a intolerância

que se espalhou pelo país. E diante de tantos

reflexos negativos nas empresas e na vida dos

trabalhadores, a Ascipam decidiu abrir a nova

temporada do projeto“Café com Ideias”, trazen-

do a Pará de Minas o presidente da Federação

das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo

Machado Junior.

O encontro aconteceu no último dia 8 de

abril, em auditório montado no Clube Ascipam,

reunindo grande número de empresários, além

de representantes de várias instituições. Duran-

te uma hora, Olavo Machado discorreu sobre o

tema “Muda Brasil – Não podemos mais espe-

rar”.

Ele abriu a explanação lamentando a dura

realidade do país que, se antes era apontado

como esperança do mercado globalizado, ago-

ra está na pior situação econômica do ranking

mundial. Como saídas para a crise, defendeu a

retomada da governabilidade - para destrava-

mento dos investimentos - controle da inflação

e da gradual redução de juros, controle fiscal e

estabilização da dívida pública, assim como a

melhoria da segurança jurídica e a desburocra-

tização de investimentos na infraestrutura.

Afirmando que a indústria tem sido o setor

mais afetado, ele disse que os problemas só não

se agravarammais devido à diversidade dos ne-

gócios no país. “Isso impede de entrarmos em

crise nomesmomomento. Agora, por exemplo,

a indústria calçadista começa uma retomada

e o setor têxtil pode voltar a ser forte, já que a

importação da China ficou cara. O agronegócio

também vai bem”, assinalou.

Olavo Machado ainda chamou atenção para

o importante papel das pequenas empresas,

pois são elas quem dão sustentação na econo-

mia do país. E exemplificou a realidade de Mi-

nas Gerais, informando que das 3.680 empresas

cadastradas, apenas 10 geram 3.000 empregos

diretos. Cerca de 102 geram 1.000 empregos,

enquanto 500 absorvem350 trabalhadores, ou-

tras 100 mantêm 1.800 funcionários e o restan-

te, que são aquelas commédia de 30 funcioná-

rios, representam 95% dos impostos recolhidos

e 72% dos empregos.

NovaConstituinte

– Outro ponto que ele con-

sidera vital para a reorganização do país é uma

nova constituição brasileira. “A de 1988, ainda

em vigor, não atende mais as necessidades. É

preciso levar emconta a nova realidadedomun-

do e do nosso país. O que valia naquela época

não pode prevalecer agora, três décadas depois.

Estamos em outro século, por isso, não adianta

propormos reformas, já que precisamos é de um

texto totalmente novo, assegurando contempo-

raneidade e compromisso com o país. Precisa-

mos manter os direitos mas, ao mesmo tempo,

acrescentarmos tudoaquiloquea sociedadede-

manda. Mas é bomfrisar que a nova constituinte

deve ser elaborada pelosmelhores especialistas,

mediante o compromisso deles se afastarem da

vida pública pelos dez anos seguintes, evitando

proveito próprio”, declarou.

Entenda-se pela nova constituinte pretendi-

da por Machado, uma legislação previdenciária

que não ignore as grandes transformações de-

mográficas das últimas décadas, uma legislação

trabalhista que não iniba a geração de empre-

gos, nemameace a sobrevivência das empresas,

assimcomouma legislaçãopolíticaquenãopro-

teja líderes políticos descompromissados com

o país, os brasileiros e com a ética. Ele também

pontua a necessidade de reforma dos tribu-

tos sobre valor adicionado, com unificação das

regras entre estados e setores, além de novos

condicionantes na criação de municípios sem

viabilidade econômica, dentre outros aspectos.

AscipamvaiapresentarPlanodeDesenvolvimentopara

oscandidatosàPrefeituradeParádeMinas

Desafiodasociedadecivilorganizadaémostrarasdemandasdomercado

CarlosHenriquedeSouza, presidentedaAscipam

Em discurso proferido no en-

contro dos empresários com o

dirigente da Fiemg, Olavo Macha-

do, o presidente da Ascipam, Car-

los Henrique de Souza, anunciou

que, neste ano, a entidade vai

liderar uma mobilização das enti-

dades representativas da socieda-

de civil organizada na elaboração

do Plano de Desenvolvimento do

Município. O documento será en-

tregue aos candidatos que plei-

tearem a gestão municipal, nas

eleições de outubro.

Ele justificou a iniciativa com

foco na missão da Ascipam, que é

de fomentar e fortalecer o desen-

volvimento empresarial através

do associativismo, promovendo

maior participação dos associa-

dos. “Nossa instituição é referên-

cia na representatividade do em-

presariado, daí a necessidade de

acompanhar mais de perto as

ações públicas e, ao mesmo tem-

po, apresentar as demandas da

sociedade que fomenta a econo-

mia e move a comunidade, num

todo”.

Tendo o “SEMPRE PRESENTE”

como slogan de gestão, Carlos

Henrique disse acreditar que os

dirigentes de classe devem estar

próximos do poder público, para

construir parcerias e viabilizar

projetos que promovam o desen-

volvimento econômico e social.

Por isso, ele acredita na força do

Plano de Desenvolvimento do

Município, por se tratar de um

conjunto de propostas totalmen-

te apartidárias, mas com políticas

públicas ajustadas. “É necessária

a atuação do empresariado na

cobrança e no acompanhamento

permanente dos bons projetos.

Em hipótese alguma podemos

nos distanciar dessa missão”, con-

cluiu.

O presidente da Fiemg, Olavo

Machado, parabenizou a inicia-

tiva da Ascipam, reconhecendo

a importância da entidade apre-

sentar demandas aos candidatos.

“O que não podemos é indicar o

voto, direito resguardado ao cida-

dão. Agora, lutar pelos interesses

dos associados, coletivamente fa-

lando, é nosso dever permanen-

te”, concluiu.