Viva! O Brasil jovem está cheio de ética...

Sandra Araújo
Diretora de Produtos e Serviços

Nem as férias de janeiro, nem o carnaval tiveram tanto ibope em 2007 como a sétima versão do Big Brother Brasil. Mas, por que falar nesse programa aqui, num espaço dedicado ao empresariado e, justamente, em um jornal que só trata de assuntos relacionados ao mercado? Resposta simples! Muitas vezes nós, que pertencemos ao sistema empresarial e industrial brasileiro, não encontramos tempo para o lazer, tamanhos os desafios da sobrevivência cotidiana.

Trabalhamos muito e cada vez mais nos preocupamos com o futuro de nossos negócios. Precisamos vender, expandir os negócios, contratar pessoal e inovar todos os dias, tudo ao mesmo tempo. É justamente aí que mora o problema ou, pelo menos, boa parte de nossas inquietações. Será que daqui a algum tempo iremos encontrar colaboradores dispostos a dar o melhor de si pelas empresas? Como será o comportamento das futuras gerações? O Big Brother Brasil antecipou o futuro mostrando que os adolescentes de hoje, profissionais de amanhã, vão ingressar no mercado com muita dignidade, ética e, acima de tudo, sabendo diferenciar muito bem o joio do trigo. Maioria absoluta dos votantes dos "paredões", os jovens detestaram o "Cowboy" pelas suas jogadas sujas e a maneira com que envolveu o grupo que, aos poucos, foi minado.

O Brasil elegeu no "Alemão" o homem do bem, o cavalheiro, o cidadão que, mesmo nos momentos de conflito, não se esqueceu das boas lições de casa - ser bom caráter, jogar abertamente e nunca desrespeitar o próximo. É, passar o Big Brother 7 já passou, mas o sucesso do programa ainda é manchete de revista e vende como água nas bancas. Muito bom saber que os jovens (leia-se a maioria absoluta), independentemente da condição social, raça ou credo, resistem aos apelos tão abertamente exposto na mídia e no mundo.

Eles não querem violência e, sim, a paz. Eles não se impressionam com gente do mal e, sim, com pessoas de boa índole. Eles acertam em suas escolhas embasados em conceitos reais, nunca em fantasias e melodramas. E, se hoje, sabem eleger o vencedor de R$1 milhão, com certeza amanhã saberão muito bem ocupar um lugar no mercado. Enxergando as oportunidades, com a visão de quem precisa desafiar sempre. Buscando novos conhecimentos, com o desejo de alcançar um lugar ao sol. Aprimorando o profissionalismo, na certeza de que é assim que a gente faz a diferença.

E, por favor, se você, comerciante, empresário, industrial, agropecuarista ou prestador de serviços não acompanhou o Big Brother ou não quis fazer esse "sacrifício", pergunte ao adolescente mais próximo. Com certeza, ele vai assinar embaixo de tudo o que afirmamos.

^{Março 2007}