Opinião
O dinheiro de plástico

Geraldo Morais dos Anjos
Diretor Comercial/Expansão
Os cartões, antes reservados a “clientes especiais”, agora tem uma maior penetração na classe trabalhadora, permitindo rapidez nos atendimentos para os usuários e certeza de recebimento para o empresário. Um grande obstáculo a ser superado por esta “moeda” é a taxa de administração. Pequenos estabelecimentos pagam até 5% do volume das compras para a administradora do cartão de crédito. É bem mais do que pagamos aos bancos para descontar cheques pré-datados. A taxa dos cartões de débito é mais baixa, mas ainda é alta e diminui sua utilização.
No passado, o pré-datado servia como uma maneira de contornar a burocracia necessária para fazer compras a crédito. O lojista não analisava os dados do comprador antes de uma venda a prazo. Considerava que o cliente era bom porque, afinal, um banco havia confiado nele a ponto de dar-lhe um talão. O pré-datado era econômico para o comerciante, que não precisava criar um departamento específico para cuidar do crediário para o cliente. Hoje o cheque não é um instrumento confiável de recebimento. Sua liquidez está seriamente abalada, portanto aumentar o uso do cartão, estendendo-o a camadas de rendas antes inacessíveis, é um fomento à atividade comercial, blindando o comércio contra a inadimplência, agilizando operações de venda, diminuindo a burocracia para o comerciante e constrangimentos ao consumidor na abertura de crédito.
Cabe a entidades de classes, como a Ascipam, procurar alternativas viáveis, com custos atraentes, que disseminem o uso de cartão, de maneira que seus associados se beneficiem deste moderno instrumento de operação comercial.