Exemplo de Dedicação

João Batista dos Santos



João Batista dos Santos
João Batista é operador de cardas
Pará de Minas tem sua história ligada à tecelagem. Terra dos sinos e dos teares, assim a cidade é lembrada no hino criado pelo saudoso Pe. Hugo que fazia um paralelo das belezas naturais da cidade em meio à sua religiosidade e a principal atividade industrial daquela época. As tecelagens eram os motores que moviam a economia da cidade juntamente com a agricultura e a pecuária.

Assim como Pará de Minas tem na sua identidade o carimbo das fábricas de tecidos, a história de João Batista dos Santos também tem muito a ver com esse tema. Mesmo aposentado e com uma ficha de 27 anos de dedicação à empresa Santanense, João Batista continua exercendo a função de operador de cardas.

João Batista dos Santos é o sétimo em uma família de 8 irmãos, filho de José Henriques dos Santos e Zilda Lopes dos Santos. É natural de Leandro Ferreira onde, desde os 8 anos de idade, já ajudava os pais no dia a dia da roça, trabalho duro que fez até os 13 anos, quando o destino trouxe toda a família para a cidade de Pará de Minas. Aos 16 anos começou a trabalhar como britador numa pedreira e, mais tarde, foi trabalhar como ajudante de caminhão de frango. Dois anos se passaram nesta profissão, quando surgiu a oportunidade de trabalhar na Cia. de Fiação e Tecelagem Pará de Minas, a Fábrica do Sítio. Foi aí que João Batista descobriu finalmente sua verdadeira profissão, operador de cardas, um processo de tratamento da fibra que é utilizada na fabricação de fios, onde são alinhadas e unidas até formarem mechas que em seguida são estiradas e torcidas para passarem para a fiação.

A definição de sua profissão, ele a tira de letra, não em palavras, mas em ação. Satisfeito em exercer uma função que ele admirava, num ambiente agradável e cercado por amigos, viu seu sonho virar pesadelo com a chegada da crise. Demitido, João Batista acabou trabalhando por um ano como servente de pedreiro. Desiludido com a drástica mudança de profissão, viu na Santanense uma oportunidade de novamente trabalhar naquilo que realmente gosta. Decidido, procurou a empresa e, pela sua ficha exemplar, acabou sendo contratado.

De lá nunca mais saiu, se aposentou, mas continua na função completando seus 27 anos de atividade. João fala emocionado de sua profissão e fica tímido quando é elogiado pelos colegas. As amizades que conquistou nesses anos se transformaram em mais que amigos, são quase irmãos, ele se dá bem com todo mundo.

O trabalho para ele é como o oxigênio, precisa dele para viver. “Adoro meu serviço, se eu parar de trabalhar, adoeço”, diz João Batista. Ele agradece aos amigos, aos diretores da Santanense e afirma que aprendeu muita coisa, destaca o profissionalismo da empresa no trato com os funcionários, a preocupação com o crescimento profissional, promovendo sempre formas de aprendizado. Pela sua dedicação ao trabalho, amizade conquistada e pelo valor agregado que significa para a Santanense, superou várias crises e mesmo com a modernização e automatização da fábrica ele permanece.

João Batista, orgulhoso, finaliza: ”Pude construir minha vida com este trabalho”. Sua família é formada pela esposa Dilma Aparecida Gomes do Couto Santos, seus filhos, Rogério, Ana Cláudia e Luiz Gustavo. São neles que concentra seus sonhos e projetos para o futuro. Por sua vida de dedicação ao trabalho e à família, que João Batista dos Santos, operador de cardas da Santanense, é nosso “exemplo de dedicação” do mês.