Câmara Municipal restaura primeiro Livro Ata de Pará de Minas
A restauração do primeiro Livro Ata da Câmara Municipal de Pará de Minas, foi executado por Blanche Thais Porto de Matos, do Ateliê Marca d’Água (Belo Horizonte), com aplicação de técnicas que seguem as normas e critérios de restauração vigentes internacionalmente. Técnica apurada, história da arte, química, ética e talento se unem à teoria do restauro para proporcionar os mais satisfatórios resultados profissionais.
O primeiro registro desse livro é a ata de instalação da Vila do Pará, em 20 de setembro de 1859, seguido das primeiras iniciativas da Câmara de Vereadores do recém criado município. O último registro é a ata da sessão da Câmara do dia 10 de janeiro de 1863.
O livro, que estava em lamentável estado de conservação, foi salvo do incêndio ocorrido no prédio da Câmara do Pará, em 1923. As marcas do triste episódio ficaram na capa, nas folhas ressecadas, com bordas escurecidas pelo fogo. Com a passagem do tempo, as folhas quebradiças foram soltando-se da lombada, desordenando-se, deteriorando-se, e a importante documentação teve que ser recolhida dos olhares investigativos e curiosos, evitando-se a perda total.
O Presidente da Câmara, Geraldo da Silva Sabino ao ver a situação do relevante documento, atendeu à solicitação do Museu Histórico, com total aprovação dos outros vereadores, e promoveu a restauração do primeiro livro de atas da Câmara da Vila do Pará.
Em 18 de dezembro, a restauradora responsável pelo serviço, Blanche Thais Porto, fez a entrega oficial do livro ao Presidente da Câmara, que o repassou para a guarda do Museu Histórico, entregando-o à diretora Ana Maria Campos, durante cerimônia na Câmara Municipal.
A Câmara de Pará de Minas, com esse ato exemplar promovido pelo seu presidente, dá mostras da valorização da história e da memória, conhecimentos que nos dão segurança de pertencimento a essa terra querida e a esse povo amável, além de proporcionar o acesso à herança cultural para entendermos a formação do nosso território, da sociedade a que pertencemos.
O gesto do Presidente Geraldo Sabino, representando todos os vereadores, além de seguir a Constituição Brasileira, artigo 23, que se refere à proteção de documentos, também promoveu o enriquecimento do patrimônio cultural de Pará de Minas, legado da história de nossa terra nesses 150 anos que ora são comemorados. Tão valioso patrimônio será pesquisado e preservado para as futuras gerações.