Opinião

País de Futuro ou País sem futuro

Carlos Antônio Barroca
Carlos Antônio Barroca
Conselho Fiscal Efetivo

É perigoso avaliar um país apenas pelo desempenho da economia sob pena de caírmos numa armadilha.

O Brasil está caminhando a passos largos para uma situação insustentável, apesar de uma economia bem estruturada e forte ação no campo social.

É inacreditável o desrespeito com a saúde, a educação, a criança, o jovem e com o idoso.

O subproduto deste absoluto descaso nos é servido sob a forma de violência, a cada dia mais contundente.

Precisamos reagir, o tempo se torna escasso, para nossa juventude.

Vivemos o imponderável, jovens são impedidos de trabalhar e nada se faz para evitar o ócio destruidor da personalidade, a educação é para o Estado mera questão estatística.

O trabalho é apresentado pelas autoridades como se fosse a pior coisa que possa infelicitar um jovem. Enquanto isso,o crime está livre, protegido por uma legislação frágil, aliciando a juventude que sem a oportunidade da educação familiar, e abandonados pelo Estado, se torna presa fácil para o crime.

É preciso reinventar valores como: a responsabilidade, a coragem, o patriotismo e exigir do Estado a única medida capaz de salvar este país, ou seja, a implantação imediata da escola integral que eduque, forme o caráter, profissionalize e entregue à sociedade homens preparados para o convívio saudável, respeitoso e progressista.

Chega de permissividade. O Estado tem que se impor com uma legislação compatível com a realidade que se apresenta. É urgente a valorização do cidadão de bem, pois a vergonhosa inversão de valores está destruindo velozmente todo o tecido social.

É fato incontestável que o afrouxamento das leis, a complacência com o erro e principalmente o descaso com a educação, nos colocaram em um patamar vergonhoso, pois as estatísticas mostram o Brasil com uma mortalidade violenta superior a de países em guerra declarada.

É profundamente triste que, mantida esta irresponsável rotina, só nos resta uma certeza: ser um cidadão de bem, neste país, é de altíssimo risco.