Opinião

Capital Humano: seu maior patrimônio

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Elias Diniz
Diretor Social e Comunitário
O mercado cada vez mais exigente, especialmente em períodos de crise como este que estamos atravessando, mostra que as empresas que investem no capital humano estão se sobressaindo. Isto se deve ao fato de que, desde os tempos mais remotos da civilização – passando pela Revolução Industrial até a atual Idade do Conhecimento –, o intelecto humano tem sido o grande diferencial por trás do desenvolvimento de novas tecnologias e do progresso, em todos os seus âmbitos.

Baseando-se neste fato, o administrador moderno precisa habituar-se a agregar em seu Passivo o investimento na qualificação e atualização de sua equipe de colaboradores. È importante ressaltar que um empreendedor não pode justificar a ausência de treinamentos específicos para seus funcionários simplesmente pelo temor de que os mesmos não irão valorizar tais cursos ou irão para a concorrência assim que o tiverem concluído. Este argumento não é válido e pode, na verdade, causar efeito contrário: sem investimento em sua qualificação e atualização, os colaboradores não se sentem valorizados e acabam por procurar uma empresa que os ofereça aquilo. O administrador deve entender que capacitar funcionários também é uma forma de valorização e reconhecimento dos mesmos.

Uma constatação do poder do capital humano são cidades relativamente pequenas que geram grande capital financeiro. Mesmo não possuindo as vastas estruturas industriais e/ou comerciais dos grandes centros tradicionais, alguns municípios tem na capacidade intelectual dos trabalhadores de empresas fisicamente menores – mas que trabalham e desenvolvem tecnologia de ponta – a base de sustentação de suas economias. Um exemplo disto é a cidade de Mountain View, na Califórnia, com uma população de pouco mais de 62000 habitantes, mas que abriga gigantes da tecnologia como Google, Mozilla Foundation e Symantec, entre outros. Graças ao investimento pesado destas firmas na qualificação de seus funcionários, as divisas geradas para o município são enormes (somente o Google movimenta cerca de U$22 bilhões por ano, sendo que seu valor de mercado é de aproximadamente U$142 bilhões).

Bill Gates certa vez disse que poderia vender a Microsoft, desde que ficasse com os funcionários. Ele certamente tem plena consciência de que os computadores e toda estrutura física de sua empresa são inúteis sem mentes criativas ao redor deles. Mais do que isso, Gates é reconhecido pela cultura de valorização dos colaboradores, oferecendo aos mesmos as melhores condições de trabalho. O homem mais rico do mundo sabe que não adianta possuir um supercomputador que custa milhões se o operador deste ganha apenas um salário.

Depois destas informações, a pergunta: “Você, Empresário, e você, Trabalhador, quanto tempo investiu em Treinamento e Capacitação este ano?”

Pense nisso.

Espero que a Semana Empresarial 2009, com as palestras e clínicas tecnológicas promovidas pela Ascipam e o Sebrae tenha sido fonte de conhecimento profissional para seu trabalho do dia-a-dia.

Um abraço, e até a próxima.